Em uma temporada em que a estrutura interna teve progressos, um elenco que desde 2019, ano em que o Operário retornou a Série B, depois de dois títulos brasileiros, sem nenhuma dúvida o melhor em termos de jogadores de boa qualidade, o comando técnico com suas convicções inegociáveis conseguiu transformar uma temporada que tinha tudo para ser muito melhor, em algo muito pobre a ponto de considerar o campeonato do Operário na Série B, a parte debaixo da tabela. Sem dúvida um absurdo para alguém que recebe muito e entrega muito pouco e ainda é mantido no cargo como se tudo estivesse uma maravilha. Ainda existem pontos que longe dos olhos do torcedor e da imprensa geram perguntas que no mínimo precisam de respostas do treinador.
Sem acesso aos treinamentos e sem a palavra do treinador antes dos jogos, normalmente as escalações divulgadas uma hora antes dos jogos, causam surpresas desagradáveis com jogadores fora de suas posições, esquemas táticos que causaram e continuam causando derrotas ao time, fica sempre a pergunta do porque determinados jogadores perderam espaço e foram marginalizados pelo treinador, se reconhecidamente esses jogadores são melhores dos que estão sendo escalados sem entregar aquilo que o time precisa.
Para citar apenas dois casos, existem mais, não se entende o porque Sávio (foto) e Rodrigo Lindoso estão fora dos planos do treinador. Sávio que era um dos principais jogadores da equipe na temporada, após a primeira partida da semifinal do Campeonato Paranaense aqui em Ponta Grossa contra o Athlético nunca mais foi escalado para iniciar uma partida, preterido por Santiago Ocampos e Talles que têm uma qualidade inferior e disputam a preferência do treinador.
Rodrigo Lindoso que é um jogador que quando atuou sempre mostrou qualidade, principalmente no aspecto em que o Operário mais peca que é a entrega de bola, Rodrigo Lindoso é o melhor passador da equipe. Estranhamente, Rodrigo Lindoso tem servido apenas como opção no banco de reservas, entrando normalmente quando as coisas já ficaram difíceis para o time dentro de campo.
Estamos falando de Sávio e Rodrigo Lindoso, mas se formos voltar um pouco vamos ver que Filipe Claudino, Pedro Lucas, Maxell também deixaram de ser utilizados com frequência mesmo antes de ingressarem no Departamento Médico.
Buscar a melhor formação, escalando os melhores jogadores é uma obrigação do treinador e não é o que se vê no Operário. O time que inicia normalmente, com raras exceções, tem que ser modificado, melhorando a partir das alterações. O problema é que quando as modificações são processadas, na maioria das vezes o adversário já está na frente e reagir fica muito difícil.
Com a palavra o treinador Rafael Guanaes que precisa ser positivo e responder essas e outras perguntas que nesta temporada ficaram sem respostas resultando péssimas performances frustrando a todos.